quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Enquanto isso, num certo Café ...

A noite começa a chegar, de mansinho, com a claridade diminuindo aos poucos, as pessoas correm para suas casas, depois de um dia exaustivo de trabalho, algumas crianças, atrasadas do retorno da escola, correm levando seus cadernos nos ombros, outras, menores, seguem de mãos dadas com suas mães em meio á multidão agitada.
Enquanto a calçada fervilha, pelo vidro da velha cafeteria eu observo o fim do dia, sentindo o cheiro do café torrado, recém moído ( pode haver cheiro mais delicioso no mundo?), misturado ao perfume de canela dos capuccinos e do chocolate, que aqui e ali, se junta ao café para lhe realçar o sabor.
Trago minha xícara aos lábios, e os tons envelhecidos do velho scoth, que, não raro, envenena meu café, fazem meus sentidos se aguçarem e minha mente tenta uma breve fuga do barulho que me cerca.
Em minha fuga rápida, desesperada, aos poucos surgem os seus olhos, belos e profundos, que por um breve instante encontram os meus, e vejo surgir em seu rosto um discreto sorriso.
Como você é linda...
O som das buzinas me traz de volta á realidade das mesas vazias á minha volta e da multidão apressada, pôs fim á nosso breve encontro, uma pena. Será que um dia essa cena se tornará real?

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