segunda-feira, 28 de março de 2011

Sem lágrimas dessa vez.

Cara, se tem um negócio que me chateia mesmo não é ser julgado pelo que não fiz, mas lidar com as reações das pessoas depois que descobrem a merda que fizeram.
Eu já abri muitas portas erradas na minha vida e as fechei logo depois de entrar, pra ir em frente, seja o que for.
Já quebrei a cara tantas vezes, já me dei mal muitas vezes.
Nessa escola que você está entrando, eu sou professor.
Para com esses joguinhos, por favor, te imploro, pára com isso.
Já vi esse filme antes e já sei como ele acaba, eu sei que o final é triste...
Vai em frente, segue, só não me faz de palhaço.
Pelo menos não estraga as lembranças do que existiu.
Deixa pelo menos alguma coisa boa pra eu contar.
Pra recordar.
Caramba, você escolheu abrir uma porta que eu queria  deixar fechada.
Não importa quanta vontade eu tenha tido de abrir essa maldita porta.
Ela ficou fechada até você girar a maçaneta,
Eu fiquei firme até você ter batido o pé.
Ter dado um basta, ter colocado um ponto final em tudo.
Não sei se estou em outra.
Talvez esteja.
Mas, não entra nessa competição ridícula e desnecessária.
Ou então vai, se atira mesmo, até é melhor.
Mostra que realmente não sou nada e que não marquei nada.
Pra me dar mais garra pra seguir em frente.

Sobre cores.

No começo pintava quadros em preto e branco e,
sempre pensei que fossem as cores que me bastavam.
Traçava retas, curvas, sombras, um lápis sobre um papel,
uma vida carente de cor, bela, mas apagada.
Você me trouxe cores,
o vermelho da paixão e o amarelo do sol, do calor
e meus quadros se tornaram alegres e quentes,
como uma tarde de verão á beira da praia.
Com o vermelho pintei corações,
como aquele que um dia você me desenhou.
Com o amarelo pintei o amanhecer,
quando a luz invadia nosso quarto.
E junto ao branco, que já conhecia,
as tardes sentado olhando para o nada e segurando sua mão.
Como os fatos, em quadros pintei coisas boas
em outros poucos coisas ruins.
Suas cores completavam as minhas e assim foi
por muito tempo.
Mas um dia você disse que não ia me emprestar
mais seus pincéis.
E meus quadros novamente iam ser tristes.
Chorei um bocado, insisti implorei.
Pedi pra você pensar melhor.
Você disse que seus pincéis eram de outro.
Que talvez fosse um pintor com mais talento.
Que não retratava paisagens frias e tranquilas
mas paisagens emocionantes e promessas de mil aventuras.
Também, de tempos em tempos,
tive vontade de experimentar cores novas
e dar a meus quadros outros tons.
Mas seu vermelho, sua paixão, era tão viva.
E seu amarelo tão quente.
E para mim, você estaria na minha aquarela pra sempre.
Decidi que não iria mais pintar.
Sem o vermelho, sem sua paixão...
Sem o amarelo do seu calor.
E andando por aí, numa tarde em que estava só
tropecei em um pincel perdido.
Cerdas manchadas de um verde vivo.
E a sombra e o frio ganhavam grama,
ganhavam árvores e promessas de frutos
e meus quadros agora remetem á esperança.
Meus olhos não mudaram de cor.
E nem deixaram de ver suas cores.
E nem deixei de sentir falta delas.
Apenas meus olhos se abriram para tantas outras cores.
Que agora posso colocar no papel,
que me fazem pintar outras paisagens
e outros sentimentos.
Vou sempre sentir falta de suas cores,
independente de conhecer outras mil.
E os quadros que pintei, em vermelho e amarelo,
acho que serão pra sempre os mais lindos
e os mais valiosos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

E essa lua?

Caminhei até o carro, que me recebeu como sempre, de faróis acesos (ainda tenho meus truques), e a luz que me guiava não vinha dele, mas do céu, de um azul escuro, quase preto, que servia de pano de fundo para a lua, que brilhava tal qual o sol.
Olhei pra ela e não tive como evitar seu feitiço e, tudo em volta, das sombras ás árvores, da flor ao mato, tudo parecia coberto de um manto dourado.
Será que em algum lugar você olhou para o céu e sentiu o mesmo?

Tá vendo aquela lua
Exaltasamba

Te filmando, eu tava quieto no meu canto:
Cabelo bem cortado, perfume exalando
Daquele jeito que eu sei que você gosta,
Mas eu te dei um papo e você nem deu resposta.

Tudo bem! Um dia vai o outro vem!...
Você deve estar pensando em outro alguém,
Mas se ele te merecesse não estaria aqui.
Não!... Não!... Não!...

Ou talvez você não queira se envolver.
Magoada, tá com medo de sofrer.
Se me der uma chance não vai se arrepender.
Não! Não! Não! Não! Não!

Tá vendo aquela lua que brilha lá no céu?
Se você me pedir, eu vou buscar só pra te dar.
Se bem que o brilho dela nem se compara ao seu.
Deixa eu te dar um beijo! Vou mostrar o tempo que perdeu.

Que coisa louca, eu já sabia!
Enquanto eu me arrumava algo me dizia:
"Você vai encontrar alguém que vai mudar
A sua vida inteira da noite pro dia!"

Tá vendo aquela lua que brilha lá no céu?
Se você me pedir, eu vou buscar só pra te dar.
Se bem que o brilho dela nem se compara ao seu.
Deixa eu te dar um beijo! Vou mostrar o tempo que perdeu.

Que coisa louca, eu já sabia!
Enquanto eu me arrumava algo me dizia:
"Você vai encontrar alguém que vai mudar
A sua vida inteira da noite pro dia!"
Te filmando, eu tava quieto no meu canto!

sábado, 5 de março de 2011

Falando em outono, folhas secas e amores que se vão...

Tardes de Outono
Rosa Tattooada

Outra vez voce se vai
Me deixando para traz
Outra vez voce se vai
Outra noite que se vai
E a dor aumenta mais
Outra noite que se vai

Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
E junto o meu coração
E o meu amor em vão
Se quebrou

Outra vez voce se vai
Sem nenhuma explicação
Outra vez voce se vai
Outra noite que se vai
Como as tardes de canção
Outra noite que se vai

Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
E junto o meu coração
E o meu amor em vão
Se quebrou
E junto o meu coração
E o meu amor em vão
Se quebrou

Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
Como folhas secas pelo chão
Nas frias tardes de outono
Veio o vento e te levou
E junto o meu coração
E o meu amor em vão
Se quebrou
E junto o meu coração
E o meu amor em vão