“Lá vai Kowalski, o último herói americano..."
Super Soul se torna um profeta, o profeta de um juízo final que cruza o deserto americano a mais de 200km/h, ao volante de um Dodge Challenger.
Kowalski (Barry Newman) é ex-piloto, ex- policial, demitido por denunciar um colega e um veterano do Vietnã, ele é a síntese do que está no segundo lugar na lista do ódio.
É uma época maluca, 1971, os negros ainda sofrendo muito com o preconceito, jovens morrendo numa guerra sem sentido, o soul tomando conta do rádio, tirando aos poucos o lugar do blues, hippies, alucinógenos...
O efeito colateral do "American Dream Life" começa a dar as caras, revolta, insatisfação, indignação.
E Kowalski acelera, e a polícia tenta alcançá-lo. Kowalski não tem mais nada a perder, curte o barato de sua corrida sem sentido numa vida que não tem mais valor.
Kowalski é entregador de carros, contratado para atravessar o país dirigindo. O Challenger é sua próxima missão e, enquanto compra "speed", aposta que completará sua entrega em apenas um dia e aí começa um dos filmes de perseguição mais incríveis de todos os tempos.
São horas só de deserto e acelerador, o ator principal é o Challenger branco e ele cumpre bem seu papel, o resto são histórias que se desenrolam ao fundo, mas que não deixam de ser importantes.
"Vanishing Point" é clássico, quase um documentário sobre a cultura anos 70 e também um clássico para os entusiastas dos muscle cars. Teve um remake, em 97, com Viggo Mortensen como Kowalski, mas tirando o duelo entre o Challenger branco e o Charger preto, o resto do filme não representa nada.
Ainda sobre o filme:
Trailer:
Tenho medo de um dia acabar como Kowalski e, ainda assim, gostaria de ter a coragem dele...
Sem mais.
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