quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Considerações sobre meu breve exílio:

Espero pelo meu vôo dando um tempo no hotel, a tarde chuvosa e triste, me faz lembrar de casa, está frio, mas não é o mesmo frio de casa. É um frio sem graça, triste.
Que saudades das manhãs de neblina e de abrir a janela e ver a grama coberta de gelo.
De tomar chimarrão no final da tarde, vendo o pôr do sol.
Ou de sentir o vento no rosto no alto do Ninho, ou ouvir os sabiás cantando em volta da minha casa.
Tenho saudade de não me sentir estranho, das pessoas dizendo: "Bom dia".
Das noites de sono sem tantas sirenes. De falar com, as pessoas na parada de ônibus, ou de agradecer ao comprar o pão na padaria.
Saudades de ver as pessoas sorrindo e de um pouco de calor humano, coisas que não encontrei nas pessoas daqui.
Vou deixar pra trás alguns novos grandes amigos que fiz durante minhas andanças.
Alguns deles voltam comigo, cada um a seu jeito, para seus lares na pátria do Sul.
Ah, há alguém que me espera de braços abertos quando eu chegar, meu cachorro que vai me latir sorrindo e a velha pilha de carnês em atraso.
Amanhã, quando conseguir sair da cama, e sentir todos os cheiros e ouvir todos os sons de sempre, vou me sentir novamente em casa e inteiro outra vez...

Está quase na hora.

Rio Grande, aí vou eu...

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