sexta-feira, 23 de março de 2012

Os indesejáveis...

Temos a mania de mostrar só o nosso melhor lado.
Ou de parecer aquilo que não somos.
Sei lá, as vezes leio tanta coisa escrita, tantos poemas copiados e daí me pergunto se é aquilo mesmo.
Se conseguimos fingir o tempo todo.
Ou se podemos nos esconder pra sempre atrás da máscara.
Caramba, sou fraco, feio, cheio de defeitos, e por isso tenho montes de amigos, todos eles com uma porrada de defeitos, falhas.
Eu e meus aqmigos somos os caras mais odiados do mundo. Meus amigos são caras de poucos amigos.
Tem grana o suficiente pra se manter.
Tem umas namoradas legais, uns carros legais, mas nunca foram unanimidade.
Nunca foram "os caras" da escola.
Nunca saíram com a "miss brotinho", com a rainha do baile.
O pior de tudo é ver as fraudes se darem bem.
Talvez eu também seja uma fraude, quem sabe? Talvez eu seja a pior delas... Enfim.
As vezes fico de saco cheio de sorrir o tempo todo, de deixar as coisas entrarem por um ouvido e saírem pelo outro.
De ser normal, de se manter no padrão, de não mandar tudo a puta que pariu.
Um dia me disseram pra ir á luta se não estivesse satisfeito.
Mas as vezes acho que já perdi a guerra.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Chuva...

Hoje choveu.
Fazia tempos que isso não acontecia por essas bandas.
O cheiro da terra molhada.
O barulho da água pulando do telhado e se atirando no chão.
Preciso caminhar na chuva, sem rumo, um dia desses.
Quem sabe pra encontrar meu rumo.

A inerte Alice e suas cartas de amor.

Te vi no jornal dia desses, no abrir e fechar da página, voltei e te dei mais atenção. Não somos mais tão jovens, afinal, se passaram uns 16 ou 17 anos, mais talvez, da primeira vez que te vi. Sim, você está diferente, talvez o rosto mais sério, mas o mesmo olhar inteligente por trás dos óculos. Acho que foram os óculos que sempre fizeram você se destacar, talvez por atrair a atração pros seus olhos.
Sei lá.
Fiquei feliz por ver a pequena nota. Fiquei feliz por ler seu nome e ver que falavam bem de você.
No fim, o tempo me levou pra longe. Pra época da escola. Pra época em que éramos mais felizes,
menos responsáveis.
Em algum canto sei que ainda estão as músicas que você traduziu, alguns desenhos que você fez.
Aquele cd que eu te dei, ainda existe?
Bah, perguntas sem resposta.
Por esses dias passei pela sua casa, algumas vezes, tive de passar por lá, não tive escolha, que coisa
e as memórias vão sendo puxadas e puxadas.
Não são memórias tristes, apenas memórias de tempos que se foram, de amigos que se foram, de
velhos amores que nunca aconteceram.
Coisas da vida.
Sucesso e felicidade garota, onde quer que você vá.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Hora de parar...

Hoje estava falando que muitas vezes é bom parar. Frear a vida um pouco e curtir o que temos de bom á nossa volta, família, amigos, amores... Ouvir um pouco de música, dirigir com os vidros abretos e sem pressa. Acho que, ou paramos, ou a vida se encarrega de nos parar.
Nos obriga a parar e rever tudo á nossa volta, com mais carinho, prestando mais atenção aos detalhes. Acho que estou me programando pra parar, por um tempo, mudar de rumo talvez.
Um amigo meu perguntou se valia á pena assistir o mesmo filme de novo e de novo e de novo.
Não sei. Talvez nem seja o filme, mas o cheiro e o sabor da pipoca. Talvez seja só o domingo de chuva sem nada pra fazer ou a vontade de estar no sofá enrolado em um cobertor.
O que vou dizer, não tenho um mapa, não tenho um programa, não tenho um manual, não tenho uma bola de cristal e nem leio cartas. O que for pra ser, será.

Dom Quixote
Engenheiros do Hawaii

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Mulher

O mundo não seria nada sem as mulheres, talvez mais do que metades das laranjas ou complementares aos homens, lado dos opostos que se atraem mutuamente, acho que as mulheres são quem realmente governa o mundo.
Enquanto, nós, homens, somos o hardware, executamos as tarefas, executamos os programas, racionalizamos 1 e 0, sim e não, como qualquer máquina binária, as mulheres são o software, imaginam, pensam, sonham, solicitam, e, sim, as vezes executam alguma operação ilegal que faz o programa todo parar, geralmente por causa de vírus como o:
“Isso são horas de chegar?” ou o “Quem é essa Dani aqui do seu celular?”.

Mulheres.

Talvez esteja errado, mas acho que todas sonham em ser como os homens, pelo menos quanto ao salário, ou por achar que hardware é fácil, ou por poder tratar os amigos por palavrões e as coisas continuarem todas bem, sei lá. Ao mesmo tempo há a questão da maternidade, da suavidade, da beleza... Homens são tão horríveis, uhauhauha.

Bom, mulheres,  um feliz Dia Internacional da Mulher.

Mulher
Erasmo Carlos

Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas

Vejam como é forte a que eu conheço
Sua sapiência não tem preço
Satisfaz meu ego se fingindo submissa
Mas no fundo me enfeitiça

Quando eu chego em casa à noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu luz não tem mais jeito
Porque um filho quer seu peito

O outro já reclama a sua mão
E o outro quer o amor que ela tiver
Quatro homens dependentes e carentes
Da força da mulher

Mulher, mulher
Do barro de que você foi gerada
Me veio inspiração
Pra decantar você nessa canção

Mulher, mulher
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés